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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

SPARK

spark... fagulha... centelha... é assim que muitas vezes nos referimos àqueles momentos mágicos, musa/artista, em que nossas imaginações sentem uma lufada de ar fresco, e nossos dedos tremem em ansiedade... não vemos a hora de chegar a casa e começar um novo projecto, dar luz à uma nova vida intelectual. Há quem sinta isso de anos em anos... há quem sinta isso de horas em horas... Eu estou mais enquadrado nos últimos.Como tudo na vida isso lá tem suas vantagens e desvantagens, não é... Quanto mais forte a imaginação, mais sujeito a ela nos tornamos. é fácil rir, chorar, comover-se com coisas que nunca existiram, senão em nossas cabeças, do que com a realidade à porta.Quando somos muito sensíveis à imaginação, acabamos nos tornando gradualmente mais e mais insensíveis à realidade. O "chorar" de uma guitarra, um vídeo musical que criamos, uma cena de uma história fazem-nos chorar, mas a realidade dura de algumas pessoas merece apenas nossa "simpatia" e esperança... pelo mundo real não se chora, não é... Não estou escrevendo isso para justificar ou julgar se é certo ou errado, não é essa a minha intenção. É apenas para dar a conhecer que tudo na vida tem um preço. Incluindo os dons. Como diria uma famosa personagem de BD americana - "This is my gift. This is my curse"

Agora que já se conhece os dois lados da moeda, é mais fácil julgar, avaliar a vida e o trabalho de um sonhador. Porque ao fim e ao cabo, essa é a palavra que define grande parte dos artistas: sonhadores. Algumas pessoas tem vergonha ou receio de se chamar artista, pq um certo senso de "humildade" não os deixa... Permita que diga que chamar a si próprio artista não é vaidade nenhuma, nem manifestação de orgulho... é como dizer que se é carpinteiro, ou pedreiro ou advogado, whatever. Ser artista é um modo de viver a vida. Ver, ouvir, sentir mais do que os sentidos deixam, além do que os órgãos físicos permitem. É sentir essa faísca, essa centelha arder e moldá-la à nossa vontade. Com talento ou sem talento... lol. Não considero-me 100% artista ainda, porque por enquanto, meu maior público sou eu mesmo. Só sentirei-me completo como artista quando fizer outros sentirem-se como eu. Arte transmite sentimentos e sensações. Quando meu trabalho despertar sensações em pessoas, aí sim sentirei-me completo.

Falo isso por experiência própria. Posso citar 2 dos meus artistas preferidos, em contextos diferentes. Sou apreciador de cultura japonesa, da língua, da arte etc. Meu desenhista preferido, no caso um mangaka é o Ken Akamatsu, criador de Ai ga tomaranai, Itsudatte my Santa, Love Hina e Mahou Sensei Negima. Love Hina foi o primeiro manga que li deste autor. E tenho que admitir, ainda é meu preferido. A maneira como ele cria personagens tão simples em conceito, mas tão carismáticas, tão apaixonantes. Uma comédia romântica que põe nos a rir e a chorar com uma facilidade inacreditável. Ao passo que no começo, Keitaro Urashima (o protagonista) era meu personagem preferido, ao longo do tempo passei a gostar mais DA protagonista, Naru Narusegawa. E a razão é muito simples... ela é meu sonho... como artista. É uma personagem extremamente carismática. Com uma personalidade muito rica. É a típica rapariga que gosta do protagonista, mas não admite que sim. Mas também não diz que não xD  As cenas de indecisão dela ao longo da trama são espetaculares... ficamos sempre ansiosos pra saber se ela vai "ceder" ou não, e a resposta é sempre a mesma.. ela foge. Ver o amadurecimento da personagem ao longo dos anos de produção da história, acompanhar essa trama, é algo impagável. O primeiro volume (de 14) é o bastante pra entender que quem se apaixona por Love Hina não tem volta a dar lol... E meu sonho como artista é criar um mundo com personagens tão reais como aquelas. Personagens que tornam-se como que "nossas amigas", pelas quais torcemos, rimos, choramos, ficamos com raiva... mesmo que seja a 13ª vez que estamos a ler a colecção... sim... Love Hina tem esse efeito a longo prazo xD
O outro artista que citaria é Mark Knopfler, meu guitarrista preferido. Eu não o conhecia, até que um amiga minha fez-me o favor de o apresentar num álbum do pai, Dire straits - Sultans of Swing. Epah... aquilo virou minha voda de pernas pro ar. Até hoje é meu guitarrista preferido. Certas músicas dele, como Brothers in arms, Local Hero/Wild theme, Romeo and Juliet e On every street conseguem arrancar lágrimas apenas pela beleza. Não é preciso que palavra alguma seja dita para que uma lágrima role, em alguns casos. Agora, como, pergunto-me eu, a beleza de 6 cordas a chorar fazem-nos chorar também, pra mim é um mistério. Mas um que eu aprecio e guardo querido pra mim.

Eu ao longo deste blog, apresentações já feitas, pretendo falar sobre meu trabalho, minhas duas obras de manga - Watashi no yume e Pandorah Code, falar um pouco sobre música, sobre minhas fontes de inspiração, esperanças e arrependimentos, enfim, tudo que pesa na vida de um artista e que no final do dia, molda essa centelha, essa faísca de inspiração. Apertem os cintos, e não esperem por estradas, pois como diria Doc. Brown:

4 comentários:

  1. aliás... como diria o Doc. Brown a partir do momento 0:45 do vídeo -_-'

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  2. tas smp a dar me trabalho... lol

    k testamentos k fazes


    "Ser artista é um modo de viver a vida. Ver, ouvir, sentir mais do que os sentidos deixam, além do que os órgãos físicos permitem."

    "Quando meu trabalho despertar sensações em pessoas, aí sim sentirei-me completo."

    entao tas completo, lol sensaçoes mas ou boas certamente ja sentiu alguem com trabalhos teus lol

    continua!
    :)

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  3. "...nem que seja dor de barriga!"

    brigado xDD e bem vinda lolol
    vai acostumando q os próximos são maiores lol

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  4. granda testamento xDD
    love hina... só podia, se não tivesses escrito não serias tu :p

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